17.10.06

1. O que mais vejo é dinheiro público sendo investido em futilidades, do tipo a poética em algum grego. Vejo também uma pequena casta diariamente discutir qualquer coisa sempre respeitando o critério de certo ou errado, e ainda, sobre coisas que dificilmente farão qualquer sentido para eles. Entre duas montanhas há sempre um vale mesmo para que jamais viu um vale. Tudo isto talvez sirva para impressionar alguns imbecis numa mesa de bar - e se tiver uma imensa referência bibliográfica na sua cabeça, nem se fala! -, mas e daí?, posso impressionar muito mais gente com besteiras que aprendo na rua. E os velhos ressentidos? Destes, acho melhor não dizer nada.

2. Devo voltar para a rua em breve, lugar onde os conceitos permanecem na mesma altura do asfalto, onde quando se diz que algo é uma merda todos entendem, sentem o cheiro e dão descarga sem nunca precisar passar por banca alguma.

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notas de um dia de cão. esse é o nome do livro. um livro a duas mãos.