26.8.06

O Florir

O florir do encontro casual
Dos que hão sempre de ficar estranhos...

O único olhar sem interesse recebido no acaso
Da estrangeira rápida ...

O olhar de interesse da criança trazida pela mão
Da mãe distraída...

As palavras de episódio trocadas
Com o viajante episódico
Na episódica viagem ...

Grandes mágoas de todas as coisas serem bocados...
Caminho sem fim...

A.C.

24.8.06

Não existo para bilhões e isso é perfeitamente suportável.
Não existir pra uma pessoa deixa tudo triste.
Sou triste.
Deve ser uma bobagem ser triste por uma pessoa, mas o que posso fazer?
E nem posso contar para ninguém que você existe porque me perguntariam:
Por que não deu em nada?
Tudo isso dói.

Tem aquela pequenina luz indecifrável que às vezes os poetas chamam de esperança e que vejo a cada dia menor.
Também tem o acaso que me põe próximo a ti quando menos espero,
seja dentro de um auditório, seja numa cantina: vai tudo bem com você?
Por fim, só há desespero.

***

Vejo uma grande alegria emanando de tudo.
E eu cada vez mais quieto.
Viva a folia, gira folia!

notas de um dia de cão. esse é o nome do livro. um livro a duas mãos.