Sei que devo voltar a escrever a qualquer momento. Adianto que não vou falar dos grandes, claros e olhos que as circunstâncias do último sábado me colocaram de frente. Não vou falar do plano infalível de eliminar Artur Virgílio e Agripino Maia numa tacada só. Não vou falar do CAM. Não vou falar da final da Champions League. Não vou falar da célebre Coronation Anthem nº1 de Handel. Não irei falar da superioridade cultura clássica. Não irei falar das grandes narrativas. Não vou falar das mulheres que neste momento estão me amando e sofrem por não saberem. Não vou falar do gosto pela objetividade unificadora.
Escrevo porque me sinto obrigado. Não é a escrita que me obriga, uma grande bobagem isso. Qualquer coisa que não sofra não pode me obrigar a prestá-lhe contas. O que me obriga é a obra que diariamente tenho que levar à frente.
9.5.09
26.3.09
O Caixa nunca perde a esperança!
Ituiutaba vencendo por 1 x 0.
Mário Henrique Silva: "Gooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo
ooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooolllllllllllll! Do Galo! Empata no finalzinho na bacia das almas! Eu quero o hino no dia do aniversário! Aos 46 minutos da etapa complementar, pro fundo do barbante, vai no fundo do gol, e empata o jogo Galo. Aos 46 Júnior na bola que o Carlos Alberto toquou para ele. Júnior!, bateu e ainda foi fraquinho no canto direito. Júnior, Júnior, Júnior!. Júnior empata pro galo no finalzinho do jogo!"
Atlético só precisava da vitória para terminar o primeiro turno em primeiro. Mas, aos 46 minutos do segundo tempo outro gol seria um milagre. Para mim não haveria tempo para reparar um jogo inteiro de erros. Pessoalmente, sou um homem de pouca fé. Não me acusem, há muito o galo não corresponde às minhas preçes e da nação. Desesperançado e após o esperado gol que teve 90 amargos minutos para sair, escuto a seguinte frase.
Mário Henrique Silva: "O Caixa nunca perde a esperança!"
Ele, o Caixa, me fez olhar para o radinho encima da minha mesa. Deitei a cabeça sobre o meu livro, que me acompanhou durante o jogo e me ajudava a aliviar a raiva e apreensão que o atlético me fazia, e apenas esperei, de olhos fechados, o término da partida. Esperei o gol impossível.
Mário Henrique Silva: "Gooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo
ooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooolllllllllllll!
Do galo! Kléberrrrrr, na chegada da grande área, na bacia das almas aos 49 minutos da etapa complementar. Kléberrr pro fundo do barrbante! E o gol do galo encima da hora! É o gol da primeira colocação do campeonato é o gol da primeira colocação do campeonato. Parabéns Clube Atlético Mineiro! Consegue uma vitória do jeito que essa camisa é, do jeito que essa camisa merece!"
Fiquei maluco e agarrei o radinho. Gritei: "Gaaaaalo, Gaaaaalo, Gaaaaalo! Acordei a casa. Minha mãe: "Você ficou maluco?! Que barulhada é essa?! Você vai acordar o povo todo!"
Admito que acreditei na virada, mesmo escaldado pela recente história de jogos decisivos do Atlético. Acreditei junto com o Caixa. Sua frase me fez ver que ainda creio no Galo. Sua frase me fez lembrar que ainda sou um homem de fé.
Galo!, parabéns pelos seus 101 anos de vida!
Mário Henrique Silva: "Gooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo
ooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooolllllllllllll! Do Galo! Empata no finalzinho na bacia das almas! Eu quero o hino no dia do aniversário! Aos 46 minutos da etapa complementar, pro fundo do barbante, vai no fundo do gol, e empata o jogo Galo. Aos 46 Júnior na bola que o Carlos Alberto toquou para ele. Júnior!, bateu e ainda foi fraquinho no canto direito. Júnior, Júnior, Júnior!. Júnior empata pro galo no finalzinho do jogo!"
Atlético só precisava da vitória para terminar o primeiro turno em primeiro. Mas, aos 46 minutos do segundo tempo outro gol seria um milagre. Para mim não haveria tempo para reparar um jogo inteiro de erros. Pessoalmente, sou um homem de pouca fé. Não me acusem, há muito o galo não corresponde às minhas preçes e da nação. Desesperançado e após o esperado gol que teve 90 amargos minutos para sair, escuto a seguinte frase.
Mário Henrique Silva: "O Caixa nunca perde a esperança!"
Ele, o Caixa, me fez olhar para o radinho encima da minha mesa. Deitei a cabeça sobre o meu livro, que me acompanhou durante o jogo e me ajudava a aliviar a raiva e apreensão que o atlético me fazia, e apenas esperei, de olhos fechados, o término da partida. Esperei o gol impossível.
Mário Henrique Silva: "Gooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo
ooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooolllllllllllll!
Do galo! Kléberrrrrr, na chegada da grande área, na bacia das almas aos 49 minutos da etapa complementar. Kléberrr pro fundo do barrbante! E o gol do galo encima da hora! É o gol da primeira colocação do campeonato é o gol da primeira colocação do campeonato. Parabéns Clube Atlético Mineiro! Consegue uma vitória do jeito que essa camisa é, do jeito que essa camisa merece!"
Fiquei maluco e agarrei o radinho. Gritei: "Gaaaaalo, Gaaaaalo, Gaaaaalo! Acordei a casa. Minha mãe: "Você ficou maluco?! Que barulhada é essa?! Você vai acordar o povo todo!"
Admito que acreditei na virada, mesmo escaldado pela recente história de jogos decisivos do Atlético. Acreditei junto com o Caixa. Sua frase me fez ver que ainda creio no Galo. Sua frase me fez lembrar que ainda sou um homem de fé.
Galo!, parabéns pelos seus 101 anos de vida!
13.3.09
Rebellion
Levantemos-nos todos!
Rapidamente!
Rebelemos-nos!
Faremos a melhor coisa a fazer!
O plano infalível planejado!
Uma nova vida já esperada!
Há tempo mais que suficiente para acontecer!
Ontem pensei que hoje faria!
Hoje penso que irei finalmente me rebelar!
Amanhã tudo começará!
Rapidamente!
Rebelemos-nos!
Faremos a melhor coisa a fazer!
O plano infalível planejado!
Uma nova vida já esperada!
Há tempo mais que suficiente para acontecer!
Ontem pensei que hoje faria!
Hoje penso que irei finalmente me rebelar!
Amanhã tudo começará!
5.3.09
No trabalho e na guerra
Penso exatamente como escrevo. Se quiserem me conhecer, podem começar por aqui. Vocês chegarão a conclusão que sou uma pessoa tão lírica quanto vulgar. Eu também chegaria a mesma conclusão ao me ler. Eu até poderia me apaixonar por uma mulher que escrevesse assim, como eu. Eu me apaixonaria por uma mulher de escrita noturna e densa e simples. Eu me apaixonaria por uma mulher que estaria a esta hora escrevendo. Aqui, como, quando a noite passar, ela seria? Seria ela assim o tempo todo? Bem, de dia estudo, trabalho, discuto, corro. De dia, todo o lirismo fica escondido, dissimulado, nos passos apressados. De dia, o meu lirismo fica a observar o mundo pelo meu olhar que já conhecem. De dia, meu lirismo sai pela minha boca escondido em cada uma das minha cuidadosas palavras duras, escolhidas como a escrita. Tudo isso sem contar para ninguém. A verdade é que não há lugar para o lirismo cru e a sua vulgaridade no trabalho e na guerra, pois cede-se lugar a tolices que somente são permissíveis à noite. Tudo a essa hora é só palavras escritas. Não se perde o salário ou a vida escrevendo. Nem se perde uma paixão. Não nego o arrependimento de todas as vezes que não direcionei meu desejo de crescer o coração a essa hora noturna e só.
13.2.09
Balanço do início da meia idade ou o que se pode esperar de todos os finais de noite em que se senta para escrever.
Não me aconteceram as melhores coisas. Também não me aconteceram as piores. As melhores coisas são como a verdade: ninguém tem dúvida de que ela está diante de seus olhos. Há as que eu jamais gostaria de reviver e digo que essas são piores coisas. A vida não permitiu nenhuma dessas experiências. Não sei o que repousa nesses limites.
Sorri pouco e sofri menos ainda.
Tenho a chuva em minha casa sem pagar os 10% que não vai para o garçon.
Sorri pouco e sofri menos ainda.
Tenho a chuva em minha casa sem pagar os 10% que não vai para o garçon.
9.2.09
7.2.09
A beleza e a razão
Arranjar sons sucessivamente e simultaneamente e ao fim ver beleza ordenada por uma vontade e reconhecer que essa vontade ordenou algo reconhecível e reexecutável por inúmeras vontades ao cabo de séculos.
Encontrar em redondilhas o que um povo ousou ser graças a vontade de um homem em legar aos seus iguais essa história triunfante e sempre renascida em cada linha, em cada porção versos.
Traduzir em números e teoremas bem formados a estrutura de tudo o que nos constitui e se junta a nós a cada passo na imensidão estrelada do universo, da terra aos sonhos, é obra do esforço apaixonado de vontades que escolheram a arquitetônica matemática como a forma sublime de expressão. Não usam apenas palavras, e é isso que os diferem dos poetas.
Retratar aos outros pessoas, paisagens, sorrisos, almas, dores, saudades com variadas cores verdes, azuis, vermelhas, e pelas perspectivas múltiplas requer olhar e reconhecimento de que cada ponto no mundo e na imaginação quer ser visto, belo, e permanecer quando não estiver mais onde foi encontrado, que merece seu bocado de eternidade.
Encontrar em redondilhas o que um povo ousou ser graças a vontade de um homem em legar aos seus iguais essa história triunfante e sempre renascida em cada linha, em cada porção versos.
Traduzir em números e teoremas bem formados a estrutura de tudo o que nos constitui e se junta a nós a cada passo na imensidão estrelada do universo, da terra aos sonhos, é obra do esforço apaixonado de vontades que escolheram a arquitetônica matemática como a forma sublime de expressão. Não usam apenas palavras, e é isso que os diferem dos poetas.
Retratar aos outros pessoas, paisagens, sorrisos, almas, dores, saudades com variadas cores verdes, azuis, vermelhas, e pelas perspectivas múltiplas requer olhar e reconhecimento de que cada ponto no mundo e na imaginação quer ser visto, belo, e permanecer quando não estiver mais onde foi encontrado, que merece seu bocado de eternidade.
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