Arranjar sons sucessivamente e simultaneamente e ao fim ver beleza ordenada por uma vontade e reconhecer que essa vontade ordenou algo reconhecível e reexecutável por inúmeras vontades ao cabo de séculos.
Encontrar em redondilhas o que um povo ousou ser graças a vontade de um homem em legar aos seus iguais essa história triunfante e sempre renascida em cada linha, em cada porção versos.
Traduzir em números e teoremas bem formados a estrutura de tudo o que nos constitui e se junta a nós a cada passo na imensidão estrelada do universo, da terra aos sonhos, é obra do esforço apaixonado de vontades que escolheram a arquitetônica matemática como a forma sublime de expressão. Não usam apenas palavras, e é isso que os diferem dos poetas.
Retratar aos outros pessoas, paisagens, sorrisos, almas, dores, saudades com variadas cores verdes, azuis, vermelhas, e pelas perspectivas múltiplas requer olhar e reconhecimento de que cada ponto no mundo e na imaginação quer ser visto, belo, e permanecer quando não estiver mais onde foi encontrado, que merece seu bocado de eternidade.
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