Esperança
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
M. QuintanaÉ melhor que eu fique apenas na minha casa. Isso não é um vale-tudo.
11.4.08
10.4.08
Não há palavras que persuadem mais que beijos, sexo, promessas de amor ao pé do ouvido – quem ao te conhecer não as faria? Aqui vejo que pouco adianta que eu escreva diante do que pude presenciar. Mas por que ainda escrevo? Vi seus olhos perdidos enquanto estava sentada pouco antes de ir embora. Acreditei que fosse por minha causa, porque me ama. Quanto nos olhamos. Mas isto é real? Gostaria de esquecer aquela noite e ingenuamente te esperar todos os dias na biblioteca como se sempre estivesse só a me aguardar, mas as coisas não funcionam assim. E te digo que acredito que estávamos tão próximos desta vez do nosso encontro definitivo. Faltou tão pouco...
Onde está minha auto-estima ao escrever isto:
Minha vida é em preto e branco.
Ao meu lado, viveria, certamente, com saudade da exuberância de cores e mundos.
Sentiria poucos sabores em mim.
Tenho as mãos ásperas.
Não poderia lhe amar com nada além de meu amor, pois tenho uma vida que não é das mais fáceis.
Muitas mágoas me corroem por dentro.
O que busco é a boa vida apenas.
Certamente estará melhor com outra escolha, viverá mais.
Ao menos mais feliz como pude perceber.
Não sou uma pessoa qualquer, sabemos disso.
Hoje fui ao bar de sempre movido pelo convite de um amigo e pelo desejo recôndito de encontrá-la. Suas amigas lá estavam na primeira mesa perto da entrada conversando jovialmente. Fui para o fundo perto da máquina que pede moedas em troca de música; esta noite Beatles, Pink Floyd, Paralamas é o que lembro. O lugar estava cheio de pessoas que pessoas que se achavam agentes e de inspiração para falar. Eu estava radiante. Falava com desenvoltura e precisão. Os conceitos estavam claros e os argumentos afiados. Imaginei por diversas vezes se você estivesse na minha mesa ela seria a nossa mesa. Fui embora sem vê-la e tentando imaginar quando ocorrerá novamente.
8.4.08
5.4.08
Sonhei ter sonhado
Que havia sonhado.
Em sonho lembrei-me
De um sonho passado:
O de ter sonhado
Que estava sonhando.
Sonhei ter sonhado...
Ter sonhado o quê ?
Que havia sonhado
Estar com você.
Estar? Ter estado.
Que é tempo passado.
Um sonho presente
Um dia sonhei.
Chorei de repente
Pois, vi, despertado,
Que tinha sonhado. .
Manuel Bandeira
Dormi muito e ainda é dia. Que dia imenso este sábado.
Tudo que fiz hoje foi rápido demais dentro deste eterno sábado chuvoso.
Fiz o café, escrevi uma carta, fiz o almoço.
Escutei todas as músicas de fossa que tenho no meu HD.
Conversei com meus amigos e pessoas que não tenho mais saco no MSN.
Liguei para Moreira para conversamos sobre minha vida.
Apaguei spams, fiz uma pesquisa sobre Álvaro de Campos, baixei o Interpol para conhecer.
Escrevi outra carta e depois apaguei.
Alimentei Kill com pão velho e feijoada e Moa com Doritos porque não sei o que ela come além de pardais e morcegos.
Briguei com meu irmão.
Pensei em Aline o dia todo.
Descobri que sinto ciúmes ou zelo amoroso.
E o dia parece que não vai acabar tão cedo.
Testei o Ctrl l.
Estou tomando Coristina.
Vou voltar para cama assim que minha mãe chegar de sua viagem abreviada pela chuva.
Não quero sonhar e gostaria que você também dormisse cedo para saber onde estará esta noite.
Caso eu tenha insônia, irei escrever poesias e prosas.
4.4.08
A gripe forçou-me a deixar a UFMG mais cedo e não pude ir à exibição do filme. Não sei se foi bom ou ruim para mim descançar o corpo e perder a exibição, mas certamente foi péssimo para muitos de meus colegas que foram ao prédio do IGC na noite passada. Cheguei a ver as motocicletas da PM e o helicóptero chegado ao campus numa puta ferocidade quando estava esperando o meu ônibus. Pensei que era alguma perseguição a bandidos que se escondiam na UFMG, parecia cena do Tropa de Elite pela plástica com que os policiais adentravam pela portaria da Av. Presidente Antônio Carlos.
Segue a nota que saiu no portal do CMI. Acessem o link: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/04/416264.shtml
UFMG:Autorizada pela Reitoria a PM-MG espanca estudantes.
Por DCE UFMG e outros. 04/04/2008 às 00:37
Ditadura de Ronaldo Pena/ Heloísa Starling impede sessão de cinema na UFMG.
Hoje dia 03 de abril de 2008, às 19:30 hrs, cerca de 50 homens da Polícia Militar de Minas Gerais, em várias viaturas e até um helicóptero, cercaram o Instituto de Geociências da UFMG impedindo a entrada e saída de trabalhadores e estudantes do prédio. A PM-MG foi convocada e autorizada a agir pela Reitoria da Universidade Federal de Minas Geraes nas pessoas do reitor ,o democrata, Ronaldo Tadêu Pena e a vice reitora ,a republicana e defensora das liberdades democráticas Heloísa Maria Murgel Starling. Ao tentar sair do prédio do IGC um estudante recebeu "voz de prisão" com a "justificativa" de desacato à autoridade. Indignados, estudantes, professores e demais trabalhadores presentes, gritaram palavras de ordem pedindo a soltura do estudante. A PM exaltou se e começou a enfrentar os manifestantes, agredindo-os com cacetetes e "coronhadas" . Durante o tumulto causado pela Reitoria/PM uma das viaturas avançou em marcha-ré sobre os manifestantes derrubando alguns deles. O objetivo da ação era reprimir uma sessão comentada de cinema, na qual seria apresentado um filme sobre a legalização da Maconha. Uma estudante de medicina precisou ser levada ao Pronto Socorro João XXIII. Cerca de 30 estudantes foram levados para fazer exame de corpo- delito.
Perguntamos: É esta Universidade que a sociedade precisa? Uma Universidade onde evita se o debate convocando a POLÍCIA? Armas, botas, camburões impedindo a arte , o saber. Lembra alguma coisa? Lembra algum estado de coisas? Mas não passou? Não! Hoje o filme não passou no IGC!!! Os militares voltaram a interferir na autonomia da Universidade.
A Reitoria da UFMG(devidamente amparada pela PM-MG) repete sua prática autoritária, ditatorial. Encontros estudantis não podem ser realizados na UFMG, pois estudantes de outras Universidades não podem alojar-se nos prédios de nossa Universidade. A reitoria pratica a "política do pires". Ou as administrações das unidades concordam com a Reitoria ou não têm recursos para os seus projetos. Com essa política a Reitoria tem conseguido um impressionante "consenso". Apenas duas diretorias "ousam" manifestar se contra ações propostas pela administração central. Na UFMG, vários estudantes estão sendo ameaçados de jubilamento por Lutarem por uma Pró - Reitoria de assistência estudantil. O DCE e alguns DA'S receberam "multas" por causa de suas posições políticas.
No dia 28 de março comemoramos 40 anos da morte do estudante Edison Luís morto em manifestação contra a ditadura militar. A reitoria da UFMG comemora a data convocando os militares novamente a invadir o campus.
Não podemos e não vamos nos calar. Convocamos a Toda(o)s a comparecer amanhã, às 07:00hrs, na praça de serviços do campus Pampulha. Para organizarmos as manifestações que ocorrerão durante o dia. A Universidade não pode seguir como se nada tivesse acontecido.
DCE-UFMG/DA- ICB/DA-FISIO/ DA-T.O/DAMAR/ CONLUTE/ESPAÇ O-SAÚDE/
CIRANDA-LIBERDADE/

2.4.08
A procura de uma imagem que emocione
Hoje decidi retornar a velha rotina de chegar à biblioteca pelo inicio da tarde e ser o último a deixá-la. Hoje foi um dia tão produtivo. Citarei um trecho que li e me casou admiração.
“No que diz respeito à esfera do ordinary, ela não significa certamente ir à agência do correio e expedir uma carta. Mas, mais propriamente que a vida é algo diferente de ficção ou ilusão. A ilusão, ao contrário, é a enorme construção intelectual que nos faz crer que o mundo e a vida são uma ilusão: isso é o que diz Wittgenstein, a meu ver.” Hilary Putnam
O simples ato de ir para casa ao invés de seguir para um bar é a escolha de dedicar-se a solidão. Realmente a gozo e me inspiro a descrevê-la e compreendê-la. No primeiro caso, a solidão é-me sempre imposta. Vou a determinados lugares para dela fugir. E ela está lá a esperar-me acompanhada das pessoas de sempre. Como podem ser tão alegres essas pessoas? Hoje preferi dedicar-me a minha pequena obra que lentamente irei transformá-la na Nova York, cinzenta de concreto e fumaça de George Tice que, mesmo sem nada de romântica, é de carne e osso.
À espera de uma nova oportunidade de ver Milton cantar.
notas de um dia de cão. esse é o nome do livro. um livro a duas mãos.
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Até o momento, só sentimento. Tudo vago, fora de ordem e com tanto sentido. Se mais vago, mais alto são as edificações simbólicas e mais per...
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Me And My Bass Guitar Victor Wooten My name is vic i'm gonna do a lil trick i'm gonna play my bass without usin a pick travel round ...