15.5.07

Aqui não tem copos brindando,
Nunca pendurei um quadro na parede e as paredes são todas da mesma cor,
A comida é farta com o mesmo tempero de sempre

Menos tristeza e mais resignação!

Esta mesa e o mesmo mundo preto e branco
As pessoas viajam, se acabam nas noites, andam para fora
Voltam para si, mais só de vez e quando

Maior a vida, maior são as cores...

7.5.07

O coração continua, mas triste. Que a felicidade é idealizada há milênios é mais que prova da sua dificuldade. É rara. Certamente há uma gramática profunda que faz com que me oriente teimosamente em sua direção. Esta composição que escuto From Within, Petrucci e Rudes, me conduz a um estado no qual quero permanecer e posso melhor contemplar a pequenina luz. A idéia é que não apenas interessa ligá-la aos sentimentos que suscita, o que já sei e faço, mas tentar esclarecer ou pôr a questão do porquê dessa música, sua melodia e cadência, vir a ligar-se de forma intrínseca a tais sentimentos e sensações que supostamente provoca.

Há tantas coisas que essa canção suscita além de você, minha amiga. Ela suscitou a questão posta e o dito de Frege: Ao analisar matamos.

Também há o indescritível e o impartilhável.

6.5.07

Pelo o mineiro de 2007!














Nós somos
Do Clube Atlético Mineiro
Jogamos com muita raça e amor
Vibramos com alegria nas vitórias
Clube Atlético Mineiro
Galo Forte Vingador.

Vencer, vencer, vencer
Este é o nosso ideal
Honramos o nome de Minas
No cenário esportivo mundial

Lutar, lutar, lutar
pelos gramados do mundo pra vencer
Clube Atlético Mineiro
Uma vez, até morrer

Nós somos campeões do gelo
O nosso time é imortal
Nós somos campeões dos Campeões
Somos o orgulho do Esporte Nacional

Lutar, lutar, lutar
Com toda nossa raça pra vencer
Clube Atlético Mineiro
Uma vez até morrer

4.5.07

Habitualmente aquele pedaço de mata não é tão verde a esta hora. Sua cor é a do crepúsculo. Mas hoje não. A serra está mais azul mesmo não mais distante. Certamente vou lembrar deste dia por causa do verde da mata. E vou lembrar de que gostaria que você estivesse comigo neste momento para ver o quanto é diferente dos outros dias o dia de hoje por causa do verde diferente. Diria que era porque estava comigo a causa da diferença mesmo sabendo que o mundo é alheio a nós. E apelaria para a minha percepção como explicação e certamente influenciaria a sua percepção de que o verde era único. Bem, falaria por fim de “momento”, e momentos. Eu te apertaria forte e a dureza de minhas mãos morreria em seus cabelos.

9.4.07

Que permanece tal como nasceu.
Que mais que esta aflição, há a esperança de que não seremos em vão.
Que mais que o medo de ser parvo, o medo de nunca te ter.

O que mais posso dizer para você?

Que fique contente ao ler o que tenho por você.
Que quero que os seus olhos estejam me dizendo que me quer.
Que por todos estes dias espero a sua palavra, e com a sua palavra a tristeza seja menor.



ps Tenho medo de chorá-la o resto da minha vida e sorrio de tão que bobo sou.

6.4.07




















Espero que algo me surpreenda em mais uma noite interminável de leitura.
Para que ela, a leitura, não se torne mais uma desculpa para quem quer se pôr do lado de fora do mundo.

24.3.07

"Começo, isto é, gostaria de começar minhas memórias no dia 19 de setembro do ano passado, precisamente no dia em que pela primeira vez encontrei...

Mas explicar quem encontrei, assim de antemão, quando ninguém sabe nada, será vulgar; mesmo êste meu tom, creio, é vulgar: depois de ter jurado a mim mesmo evitar os ornamentos literários, eis que quebro meu juramento logo na primeira linha. Além disso, para descrever de maneira sensata, basta-me querê-lo. Salientarei ainda que não existe, acredito, uma língua européia tão difícil de se escrever quanto o russo. Acabo de reler o que escrevi agora, e vejo que sou muito mais inteligente do que isso que está aí escrito. Como se explica então que as coisas enunciadas por um homem inteligente sejam infinitamente mais tôlas que o que permanece em seu espírito? Já notei isso mais de uma vez em mim e em meu comércio oral com os outros homens durante todo êste último ano fatal, e tal fato me atormentou bastante.

Embora comece no dia 19 de setembro, direi no entanto em duas palavras quem soou, onde estive antes desta data e em seguida o que podia ter em mente, pelo menos parcialmente, naquela manhã de 19 setembro, para que isto seja mais inteligível ao leitor, e talvez também a mim."


O ADOLESCENTE, F. M. Dostoiévski

notas de um dia de cão. esse é o nome do livro. um livro a duas mãos.