2.12.08

Bem, passou por mim de mãos dadas. Do banco lhe observei subi a escada e sumir. No banco permaneci imóvel. Fui para casa. Existe uma hora que escrever é difícil. Quando não há contraste entre eu e mundo e qualquer palavra sou eu. Esforço-me para não dizer seu nome. E me esforço mais ainda para fingir que não me importo. Essa poesia de tarde, sob este sol, esta montanha de coisas para arrumar, esta pilha de papeis, estes livros insuportáveis, estas teses, você que não me deixa seguir. Ainda penso em você todos os dias. Sei que não me procurará. Sei que não irei te procurar. Sei que é um caso perdido.

Vou tentar dormir neste resto de tarde. Quem sabe sonhar.

2 comentários:

*Mr. Tambourine* disse...

Eu bato no cara, Lulu!

É só você me apontar.

hahahahhahahaha

Anônimo disse...

Se eu pudesse voltar aos velhos tempos da minha criação, partir um playboy ou quem quer que seja ao meio seria habitual - e você se divertiria comigo certamente. Mas, hoje me contento apenas em esquecer os problemas e jogá-los pela janela, sempre há um cachorro que pega o que ninguém quer e leva para longe. Assim é mais limpo. Procuro me ocupar agora só com os meus amigos. O resto esqueço ou transformo em texto.

notas de um dia de cão. esse é o nome do livro. um livro a duas mãos.