3.7.06

E dos que o conhecem, poucos ainda falam em seus termos; mas ainda falamos.
Não conseguimos convencer nem a nós mesmos, imagina se iriam perder um minuto sequer conosco.
- Tal como aquela senhora que passou por nós há pouco?

O que fala para ti: Não é que você não saiba escrever, já que você não escreve. As coisas que diz - por Deus, as palavras que dizemos! -, jamais as terei em mãos e as lerei.
A que fala para o que fala para ti: Espera me achar lá, Lá, como se eu seguisse um fim? E se eu não chegasse ao fim? Perguntaria talvez: “há algum problema?”, ou com a sua imaginação, fértil como é a imaginação, afirmaria várias coisas: “não sabe o que quer”, ou “se perdeu” ou “é só medo e timidez”. Não me diga que o seu fim é cruzar por mim e não dizer uma palavra sequer, e que a fraqueza é minha.

Ele me perguntou: "eu respondi certo?" Eu disse que “sim”. E continuamos a conversar.
Sabe, eu poderia ter dito que uma resposta não deve necessariamente ser certa ou errada, e, com isso, deixá-lo perguntar-se, porém eu disse: "você respondeu certo", e a conversa seguiu boa.

Foi um bom dia esse, mesmo sem encontrar o que eu queria ler.
Até esqueci de procurar novamente hoje e, por incrível que pareça, foi um ótimo dia.

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notas de um dia de cão. esse é o nome do livro. um livro a duas mãos.