18.1.16
Um desejo mantido, não usado, conserva por muito tempo sua força primeira. Tive outra prova essa semana passada. Uma amiga acabou por confessar isso a mim. O desejo de anos atrás sempre se renova a cada nova conversa esporádica que temos sempre. Da minha parte é o mesmo. Nunca muda, só as circunstâncias que nos envolvem. Não estamos sós, ela principalmente nunca esteve só, mas sempre pelo destino nunca nos encontramos livres do peso moral de um relacionamento. Propus um trato. Seríamos os próximos na linha sucessória. Ela aceitou, e me convidou para uma cerveja, na próxima semana, para gozarmos nossa maturidade e conversar como sempre.
9.1.16
O fumo. A nicotina, a cannabis.
O álcool. A cerveja - de milho, óbvio -, o conhaque, a cachaça.
Bife de figado acebolado, vagina e pelos na boca.
Tudo tão esperado, tudo tão desejado. Sexo não entra? Sim, mas depois de uma idade, é um universo a parte. A procura da parceira ideal não se inicia nos bares. O tal do transcendental, aquilo que está bem ali mas não podemos experienciar antes nós mesmos, entende?
1.1.16
24.12.15
Essa moralidade toda que me reveste. Por que me ocupar de respeitar todos os contratos firmados que me matam a vida de tanto tédio. Merda de objetivos. Merda de títulos, merda de amores que escolhi para minha vida. Merda de não ficar, poder ficar, no limite mínimo sem me culpar. Não falo da merda da vida simples, merda de viver sem dinheiro. A merda toda é justamente não poder acabar com os restos de meus dias fazendo uma merda qualquer. Essa moralidade que me mata de fora pra dentro. Não nasci com isso nas minhas vísceras. Não vai haver alívio para mim. Nem cerveja suficiente, nem na merda dos bares frescos do maleta, nem nos butecos de verdade.
15.12.15
2.12.15
Lembro de mim, o que não é bom da maneira que quero lembrar de mim. Ali naquelas festas sem total sentido para mim. Sozinho e começando a me entregar ao álcool, é a cena mais comum do que vivi naqueles tempos. Mas eram bons tempos. Os melhores, pois eu tinha todos os mundos possíveis em minhas mãos.
"To the lights and towns below
Faster than the speed of sound
Faster than we thought we'd go,
Faster than the speed of sound
Faster than we thought we'd go,
beneath the sound of hope"
Havia amigos que me afastavam deles. Houve uma namorada, que me afastou dela. Houve muita música e luz apagada. Muito frio na rua e garrafa de vinho barato. Vodkas vagabundas e cachaça. Cerveja era raro.
Sim, houve um amor. E claro, houve outros. Andreia, Aline, Ana Paula... Onde eu estaria se tivesse seguido algumas dessas estradas?
"Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais
Como sei que tens também"
Por algum motivo lembro de ter amado Andreia, mas não lembro mais como era esse amor. Lembro de todas as cenas entre nós há 20 anos. Lembro de Ana, há quase 3 anos e nosso quase amor eterno. E lembro de Aline, não no sentido de que lembro há 10 anos.
Mas somos tão fortes, não?
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