12.10.10

Como é difícil enterrar pessoas vivas.

Sob as querelas acadêmicas e a política nacional, nada muda aqui embaixo. O mesmo tédio, a mesma mala pronta e as mesmas mulheres. Nem o vento não se atreve.

8.8.10

Por acaso encontrei o que me fez voltar

Faz quase um ano que não venho me refugiar aqui. Escrever perdeu o sentido, foi isto. Depois de mais de 300 postagens nada, absolutamente nada mudou.

Cheguei a pensar que longe daqui, longe das palavras, eu iria finalmente partir para o mundo para encontrá-la. Bem, eu fui. Encontrei várias. Nenhuma delas como a que escrevi aqui.

Minha vida não foi das melhores e muito menos das piores. As pessoas com que trombei em minha vida também são como minha vida. Por quê?

Por acaso ela entrou em minha vida. Por acaso, novamente. Como de se esperar, por acaso ela saiu. Tudo por acaso. Estou triste. Estou quase chorando. Estou quase nem aí, também. O mais engraçado é que desta vez nem tive culpa. Não houve tempo nem para um erro sequer. Em verdade, tudo foi pois nem chegamos entrar na vida do outro. Não sei com que palavras irei vê-la novamente.

Por isso é que voltei. Já que lá não consegui nada mais inspirador para viver do que já tinha aqui, nestes cadernos de mattar.

No mais, este lugar ainda me faz mal, muito mal.

5.9.09

Leia o post para saber do que se trata.

Desconfio que tudo pode ser destruído. O que seria ótimo, porque não seria uma virtude minha e só um aspecto das coisas elas mesmas. As coisas estão para nós para serem destruídas, pois o contrário, a criação, é para Deus. Tudo o que me corta já existe antes de mim. Você existe antes d'eu te conhecer e você já existe antes de você se conhecer. Que peso imenso Deus nos tirou quando, antes mesmo das épocas, nos permitiu apenas destruir. Glória à sua grandeza!

Tudo que você sente possui realidade; o mal-estar de seu coração machucado possui ardência e matta. Morri três vezes em minha vida. Há uma grande esperança de que toda essa realidade seja ilusão, patologia psíquica, ou um jogo de linguagem. Certamente, como você sempre insiste ao me ler, desconsidero toda a tradição de divagações sobre as palavras e sobre o que existe, que, sem modestia, conheço como poucos. Bem, é verdade. Como quase nunca, concordo com você na parte onde desconsidero. Tudo está aí para ser visto. Eles não foram capazes de me salvarem de você, e eles deles mesmos.

notas de um dia de cão. esse é o nome do livro. um livro a duas mãos.