Hoje decidi retornar a velha rotina de chegar à biblioteca pelo inicio da tarde e ser o último a deixá-la. Hoje foi um dia tão produtivo. Citarei um trecho que li e me casou admiração.
“No que diz respeito à esfera do ordinary, ela não significa certamente ir à agência do correio e expedir uma carta. Mas, mais propriamente que a vida é algo diferente de ficção ou ilusão. A ilusão, ao contrário, é a enorme construção intelectual que nos faz crer que o mundo e a vida são uma ilusão: isso é o que diz Wittgenstein, a meu ver.” Hilary Putnam
O simples ato de ir para casa ao invés de seguir para um bar é a escolha de dedicar-se a solidão. Realmente a gozo e me inspiro a descrevê-la e compreendê-la. No primeiro caso, a solidão é-me sempre imposta. Vou a determinados lugares para dela fugir. E ela está lá a esperar-me acompanhada das pessoas de sempre. Como podem ser tão alegres essas pessoas? Hoje preferi dedicar-me a minha pequena obra que lentamente irei transformá-la na Nova York, cinzenta de concreto e fumaça de George Tice que, mesmo sem nada de romântica, é de carne e osso.
À espera de uma nova oportunidade de ver Milton cantar.
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