O descanso não veio como eu esperava. Um mês de trabalho árduo e pouco resultado. O engraçado é que só percebo que sou outro quando tento voltar a agir normalmente. Bem, o que eu esperava deste fim de semana livre de obrigações? Não quero beber e nem me perder pela cidade. Isto já se tornou outra rotina. Se retorno à leitura, volto a olhar pela janela e pedir temporais para que a vida dos demais pare e só recomece quando eu estive livre do fardo que escolhi (isto não mais parece ser uma escolha). Não posso ficar esperando que as coisas me esperem. Também acho que não devo segui-las. O problema de tudo, aqui, é no fim das contas fazer pouca ou nenhuma diferença tanto sofrimento para se alcançar algo “bom’ ou que pelo menos nos dizem ser. Veja este diálogo: “Vem comigo?”, “Sim”, ”Então vamos”. Quantas vezes fiz o pedido que é a primeira frase. É uma frase simples. Tudo podia ser mais simples. Eu podia ser mais simples, com poucos abismos.
Em exatamente dois meses completarei mais um ano na minha vida (realmente o tempo não para) e não acredito muito que frases como essas poderão algum dia resultarem em algo. “Algum dia” não existe. A fé não quer voltar com a idade.