Bem, passou por mim de mãos dadas. Do banco lhe observei subi a escada e sumir. No banco permaneci imóvel. Fui para casa. Existe uma hora que escrever é difícil. Quando não há contraste entre eu e mundo e qualquer palavra sou eu. Esforço-me para não dizer seu nome. E me esforço mais ainda para fingir que não me importo. Essa poesia de tarde, sob este sol, esta montanha de coisas para arrumar, esta pilha de papeis, estes livros insuportáveis, estas teses, você que não me deixa seguir. Ainda penso em você todos os dias. Sei que não me procurará. Sei que não irei te procurar. Sei que é um caso perdido.
Vou tentar dormir neste resto de tarde. Quem sabe sonhar.