26.3.09

O Caixa nunca perde a esperança!

Ituiutaba vencendo por 1 x 0.

Mário Henrique Silva: "Gooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo
ooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooolllllllllllll! Do Galo! Empata no finalzinho na bacia das almas! Eu quero o hino no dia do aniversário! Aos 46 minutos da etapa complementar, pro fundo do barbante, vai no fundo do gol, e empata o jogo Galo. Aos 46 Júnior na bola que o Carlos Alberto toquou para ele. Júnior!, bateu e ainda foi fraquinho no canto direito. Júnior, Júnior, Júnior!. Júnior empata pro galo no finalzinho do jogo!"

Atlético só precisava da vitória para terminar o primeiro turno em primeiro. Mas, aos 46 minutos do segundo tempo outro gol seria um milagre. Para mim não haveria tempo para reparar um jogo inteiro de erros. Pessoalmente, sou um homem de pouca fé. Não me acusem, há muito o galo não corresponde às minhas preçes e da nação. Desesperançado e após o esperado gol que teve 90 amargos minutos para sair, escuto a seguinte frase.

Mário Henrique Silva: "O Caixa nunca perde a esperança!"

Ele, o Caixa, me fez olhar para o radinho encima da minha mesa. Deitei a cabeça sobre o meu livro, que me acompanhou durante o jogo e me ajudava a aliviar a raiva e apreensão que o atlético me fazia, e apenas esperei, de olhos fechados, o término da partida. Esperei o gol impossível.

Mário Henrique Silva: "Gooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo
ooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooolllllllllllll!
Do galo! Kléberrrrrr, na chegada da grande área, na bacia das almas aos 49 minutos da etapa complementar. Kléberrr pro fundo do barrbante! E o gol do galo encima da hora! É o gol da primeira colocação do campeonato é o gol da primeira colocação do campeonato. Parabéns Clube Atlético Mineiro! Consegue uma vitória do jeito que essa camisa é, do jeito que essa camisa merece!"

Fiquei maluco e agarrei o radinho. Gritei: "Gaaaaalo, Gaaaaalo, Gaaaaalo! Acordei a casa. Minha mãe: "Você ficou maluco?! Que barulhada é essa?! Você vai acordar o povo todo!"

Admito que acreditei na virada, mesmo escaldado pela recente história de jogos decisivos do Atlético. Acreditei junto com o Caixa. Sua frase me fez ver que ainda creio no Galo. Sua frase me fez lembrar que ainda sou um homem de fé.

Galo!, parabéns pelos seus 101 anos de vida!

notas de um dia de cão. esse é o nome do livro. um livro a duas mãos.