3.8.06
Acabei de voltar de um blog que já freqüentei muito há um tempo não muito distante e acho que foi uma perca de tempo. Bem, demora alguns segundos para ir lá e voltar e ainda assim saio de lá com a certeza de que certamente algo mudou e uma sensação de perca de tempo. Lembro que lá quase não se via ninguém. Era um silêncio e uma voz, uma voz triste e baixa como a palavra triste, que me preenchiam. A voz ainda está lá, pude vê-la. Mas também vi muita gente, gente demais, gente sem nome, gente trocando farpas. Sinto que me apaguei na hora certa, em tempo da multidão não me atropelar. Não suporto gente.
Interessante seria tentar fundamentar o meu medo de gente de forma objetiva tal como os que ainda tentam fundamentar objetivamente o gosto. Não tenho dúvida de que seria também uma grande perca de tempo já que no final não me serviria para nada já que convivo muito bem do meu medo de gente que dentre muitas coisas me faz passar ao largo da vulgaridade, não no sentido de ordinário mais no sentido de coisa baixa que ninguém merece engolir. Também seria perda de tempo já que tentar alcançar o objetivo mesmo intersubjetivo mesmo que a posteriori mesmo sendo das coisas mais complicadas de se separar em gavetas só servem para complicar ainda mais a minha cabeça complicativa que perde o seu tempo complicando só para se esquivar fugir esquecer do tédio habitual e que sempre acaba se achando quando a poeira abaixa o mais vulgar de todos os espíritos complicativos que são todos vulgares dentre os múltiplos graus e formas de vulgaridade depois do triunfo vulgar sobre um oponente vulgar igualmente complicativo que certamente tenta preencher sorrindo o seu tédio lendo e masturbando espíritos complicativos mortos papagaios medíocres e ver que nada muda e continuo além de tudo reduzindo tudo a uma discussão que não esgota nada como toda discussão assim como esta que não quero mais iniciar seguindo o caminho de outros que já parecem estar ao ponto de começar lá sobre o vulgar e a vulgaridade.
Engraçado, só ontem descobrir que a voz triste se valeu de Mallarmé para me dizer tudo o que eu precisava.
Por Deus!, juro que a entendi e até com ela sonhei.
Juro que foi a timidez que me matou.
notas de um dia de cão. esse é o nome do livro. um livro a duas mãos.
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