15.10.06

Luto para não ter a vontade de esquecer tudo e dizer adeus. Este mundo que tento sustentar parece não me querer. Mudo, escuto-o: "Esta terra é muito dura para você. Não há lugar para o teu arado. Não há lugar para o seu cultivo. Crie o teu mundo. Siga para onde não há pessoas. Ache algo e chame de casa. Eu não te acompanharei. Não há quem te acompanhe. Quantas vezes já tentou? Tu é só. Isto não é o fim. Isto é. Esta noite não é escura porque ela somente é. Esta manhã não será bela porque ela somente é. Não é única porque é você que a faz insubstituível. O que mais quer escutar? Não sou eu que lhe faço dor, e ninguém se deleita com ela."

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notas de um dia de cão. esse é o nome do livro. um livro a duas mãos.