21.5.06

"Não há dor, você está desaparecendo"
É tão óbvio que não há dor se você desaparece
Há tantas coisas óbvias e tantas coisas se tornarão óbvias

Sempre digo: então, era só isto...
Todo os dias me junto a todos os poetas e dizemos:
"Essas coisas nunca dão certo!"

Só isto.

Terrível aceitar que vivo só para tornar tudo óbvio
"Por que não pensei nisto antes, é tão óbvio!"
Que graça há nas coisas óbvias?

Noites em claro, dores de cabeça, café amargo e muita azia,
Rascunhos, projetos, cálculos,
Declarações, explicações, súplicas...

E no fim da noite dizer: então, era só isto...

Mas a Diaba ainda conversa em meu quarto,
Puxa os meus pés e diz: "então, era só isto?"
Fraco, imbecil, óbvio!

O óbvio é que te faz viver!
Aos 90 anos, de cima de seu Império,
Terá derrubado todos castelos de cartas

E no fim da vida dirá: então, é isto!

Meios são fins da busca
Os belos seios da Diaba, a imortalidade dos Idiotas,
O horizonte sem qualquer linha...

O que há de mais importante e o que de fato há,
A escada infinita que estripa os tem medo e timidez
Na qual nossa óbvia e odiosa incommunicabilitate nos pôs

É isto!

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notas de um dia de cão. esse é o nome do livro. um livro a duas mãos.