Só para romper um pouco com esse lirismo e a vulgaridade que me acomentem ultimamente vamos de Nitx que o João disse que não é viado.
- Considera-se uma mulher profunda - Por quê?, porque nela jamais chega-se ao fundo. A mulher não é nem sequer superficial.
- Como nos devemos petrificar - Endurecer lenta, lentamente, como uma pedra preciosa - e acabar por ficar aí tranquilo, para o gozo da eternidade.
- Remedium amores - Na maior parte dos casos, o que ainda de mais eficaz contra uma amor é o velho remédio radical: o amor partilhado.
- Uma mulher que prossegue uma vingança venceria o próprio destino. A mulher é indiscutivelmente mais má que o homem e mais calculada; a bondade é nela forma de degenerescência.
- Quanto mais uma mulher for verdadeiramente mulher, tanto mais se defenderá com pés e mãos dos direitos em geral: o estado de natureza, a eterna gerra entre os sexos, assinala-lhe, sem embargo possível, o primeiro lugar. Atendeu-se à minha definição do amor? É a única digna de um filósofo. "Em relação aos meios, o amor é guerra; no seu fundamento, ódio mortal entre os sexos". Atendeu-se à minha resposta à pergunta sobre a maneira como se cura, como se "salva" uma mulher? " Faça-se-lhe um filho. A mulher precisa de filhos, o homem é apenas meio". assim falou Zaratustra.
- Como se reconhece o mais ardente - De duas pessoas que lutam conjutamente, ou se ama, ou se admiram, a mais ardente escolhe sempre a posição mais desconfortável. Isto vale igualmente para os povos.
- De nenhuma outra leitura sei que, como a de Shakespeare, despedace o coração: quando deve ter sofrido aquele homem para se sentir de tal maneira a necessidade de ser bobo!
- Os sexos enganam-se mutuamente: e isso porque no fundo só estimam a si próprios (ou o seu próprio ideal, para me exprimir de um modo mais amável). Assim, o homem quer que a mulher seja, pacífica, mas precisamente a mulher é essencialmente conflituosa como uma gata, por mais habilidades que tenha em dar-se aparências pacíficas.
- Inimigo das mulheres - " A mulher é nossa inimiga" - pela voz daquele que, enquanto homem, fala assim aos homens, exprime-se o instinto indomado, que não somente se odeia a si próprio mas também odeia os seus meios.
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notas de um dia de cão. esse é o nome do livro. um livro a duas mãos.
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