24.12.15
Essa moralidade toda que me reveste. Por que me ocupar de respeitar todos os contratos firmados que me matam a vida de tanto tédio. Merda de objetivos. Merda de títulos, merda de amores que escolhi para minha vida. Merda de não ficar, poder ficar, no limite mínimo sem me culpar. Não falo da merda da vida simples, merda de viver sem dinheiro. A merda toda é justamente não poder acabar com os restos de meus dias fazendo uma merda qualquer. Essa moralidade que me mata de fora pra dentro. Não nasci com isso nas minhas vísceras. Não vai haver alívio para mim. Nem cerveja suficiente, nem na merda dos bares frescos do maleta, nem nos butecos de verdade.
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notas de um dia de cão. esse é o nome do livro. um livro a duas mãos.
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