24.12.15

Essa moralidade toda que me reveste. Por que me ocupar de respeitar todos os contratos firmados que me matam a vida de tanto tédio. Merda de objetivos. Merda de títulos, merda de amores que escolhi para minha vida. Merda de não ficar, poder ficar, no limite mínimo sem me culpar. Não falo da merda da vida simples, merda de viver sem dinheiro. A merda toda é justamente não poder acabar com os restos de meus dias fazendo uma merda qualquer. Essa moralidade que me mata de fora pra dentro. Não nasci com isso nas minhas vísceras. Não vai haver alívio para mim. Nem cerveja suficiente, nem na merda dos bares frescos do maleta, nem nos butecos de verdade.

15.12.15

Não estou triste. Não quero escrever mais.

Minto - outra mentirinha -, "não quero escrever mais" até abrir uma lata de cerveja.

E aqui estamos triste, felizes e semi-embriagados.

Sou um típico coluna do meio.

2.12.15

Lembro de mim, o que não é bom da maneira que quero lembrar de mim. Ali naquelas festas sem total sentido para mim. Sozinho e começando a me entregar ao álcool, é a cena mais comum do que vivi naqueles tempos. Mas eram bons tempos. Os melhores, pois eu tinha todos os mundos possíveis em minhas mãos.

"To the lights and towns below
Faster than the speed of sound
Faster than we thought we'd go, 
beneath the sound of hope"

Havia amigos que me afastavam deles. Houve uma namorada, que me afastou dela. Houve muita música e luz apagada. Muito frio na rua e garrafa de vinho barato. Vodkas vagabundas e cachaça. Cerveja era raro.

Sim, houve um amor. E claro, houve outros. Andreia, Aline, Ana Paula... Onde eu estaria se tivesse seguido algumas dessas estradas?

"Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais
Como sei que tens também"

Por algum motivo lembro de ter amado Andreia, mas não lembro mais como era esse amor. Lembro de todas as cenas entre nós há 20 anos. Lembro de Ana, há quase 3 anos e nosso quase amor eterno. E lembro de Aline, não no sentido de que lembro há 10 anos. 

Mas somos tão fortes, não?







24.11.15

Segue uma idéia divertida: digita na busca do google 
"a long time ago in a galaxy far far away"

19.11.15

Odeio e amo. Talvez queiras saber "como?"
Não sei. Só sei que sinto e crucifico-me.

catulo. 1996. 150

15.9.15

Mas antes de ir, vou curtir mais um pouco.
Sour Girl/Stone Temple Pilots, até eu terminar de me ler.

Na madrugada vou procurar minha garota. Estar bem com a noite ajuda vê-la de bem comigo. Faz acreditar que ela me queira. Então, hoje vou dormir com a janela aberta. Quando quero o frio, a janela aberta casa bem com ser só e com pouco sentido na vida.

Acho que a encontrei. Vejo-a entre linhas. Apertos os olhos e a vejo lá, olhando para mim, em meus olhos -  seus olhos castanhos claros, bem claros, bem seus. Os meus são bem escuros.

Falamos de coisas parecidas. Talvez sejamos parecidos. Nunca conversamos, mal conhecemos a voz do outro, mas nos falamos eventualmente. Em horas como essa, procuro por uma frase ou duas dela para ver se consegui sua atenção.

E é isso. O sono me consome. Um novo dia cheio dos mesmos dias de sempre está para chegar. Numa noite dessas sonhei pela primeira vez que a mim foi dirigido um sorriso, embora não lembre o que me foi dito.

Last Night I Dreamt That Somebody Loved Me (Smiths) antes de morrer por algumas horas.

22.8.15

08.09. Só chuva na minha capital. Só.

02.09. Há calor, mas há muito vento também. Debaixo da sombra do teto o vento esfria, mais ainda do que aplacar o calor. São 9 horas da manhã e tudo a essa hora é aceitável. As manhãs da vida já estão passando e a idade da razão está aí bem próxima. A lição mais importante é não responder emails assim que chegam, mesmo os que pedem urgência. Vou lá e tomo café. Amargo, quente e seguido por um suspiro. Depois inspiro até sentir os pulmões no seu limite. Quanta força consigo assim... Fiz isso hoje enquanto pensava em você minha tão querida amiga e leitora, a qual todos os dias espero um mensagem de bom dia.

27.08. Esquece tudo. Preciso sair o mais breve de onde estou. Tudo está parado como o ar desse agosto, seco, quente. Não estou no lugar que quero. Não estou fazendo o que pensei em fazer. Talvez esteja com a pessoa certa. Ela me faz bem, mas não é suficiente para se aquietar. Mas... Acorde cedo e durma tarde! Tenho um semestre longo pela frente, uma tese para concluir. Essas obrigações me seguram, em uma posição que não quero, mas me seguram.

25.08. O sol das 16 horas no meio do ano é fantástico. Tenho gostado mais dele do que as madrugadas. Na madrugada todos dormem - e como o mundo se torna belo. Só que sob esse sol, o meu cansaço se torna milhões de idéias. - Sei que entre elas está a que procuro. Só uma.
De certo, que eu não queria estar aqui. Tenho como certeza que meu lugar é onde posso mornar a alma o dia todo. Um lugar frio e sem muitas pessoas. Já vivi no sul, agora vou procurar o norte.

Sim.

21.8.15

algumas palavras em comum. uma frase parecida. talvez uma coincidência, talvez para parecer coincidência. 4 meses fora, e ao voltar na terça, já me acho na quinta. me alegro. e me alegro novamente. ainda tenho você comigo.
bela a foto vermelha: os lábios que quero, os olhos claros, a posição das mãos que revela espontaneidade. bela também a foto só com o rosto que encontrei do lado: agora é uma boca, e a desejo mais.
fim-de-semana de trabalho adiante. sozinho, no fim das noites, tentarei não pensar. tudo pode retornar ou me levar a sumir por mais 4 meses.

28.4.15

Um ardor que irradia do meu peito às extremidades do meu corpo, quando sinto o que me liga ao que tive de nós. Pouco é sempre o que temos de qualquer coisa que importa. Resignar-se é o fim do aprendizado.

Aline.

21.4.15

Sobre como as coisas irão terminar, o que espero?
Muito pouco.
Nada irá ser como todos queriam no início de eu começar tudo isso.
Os motivos, as culpas estão nas mãos de muitas pessoas que conheci e criei.
Se me vejo como cúmplice? Neste exato momento em que lhe digo, e em todos os demais em que me lembrar do estou lhe dizendo agora, não.
Quem escolheu esse caminho não foi eu. Todas as vidas negadas e interrompidas foram escolhas de pessoas que eu já fui e espero não ser novamente.

4.4.15

20.3.15

Bem, a menina triste ainda me dá sua mão quando estou triste.
Não me torno menos triste por isso. Dores se somam. Eu não mudo.
Vou lá e não a leio. Nada ali que eu entenda.

Procuro uma música da época mais triste de minha vida.
Saudade de toda aquela tristeza?
Hábito.

E de repente me encontro sentindo como um apaixonado.
E essa velha paixão que me faz velho.
Amanhã rejuvenesço eternamente.

Pensava nela todos os dias quando eu acordava.
Nas manhã frias, fazia um café para nós dois.
Um novo outono sempre chega para aproximar eu dela.

O que eu lhe diria hoje? Talvez isso:
"I don't mind, if you don't mind.
Cause, I don't shine, if you don't shine."?
Sem chance.



22.1.15

Hoje li que a termodinâmica pode explicar a vida como um modo eficiente de realizar a captura de energia de um meio para então dissipá-la em forma de calor. Mas p q vida? Ora, pq formas vivas de arranjos moleculares de carbono realizam isso melhor do que formas inanimadas de estruturas dos mesmos átomos. E segue-se daí um processo de criação de formas de vida. Não há nada aleatório no momento da criação. Nem nada por acaso. Pura necessidade. A vida surgi de relações necessárias entre coisas não vivas.

Este blog me surgiu como um válvula de escape para me minha cabeça não explodisse. Uma cabeça é um sistema fechado, que como todos eles, esta em crescente desordem. Uma desordem não se aquieta sozinha e pôr sentido nisso é outra maneira de evitar o pior.

10 anos já passados e estou aqui ainda. Bem menos. Apareço mais para olhar como vai o layout do que escrever. Gosto dessas cores e das fontes. Mas já me cansei do nome. Vou trocar talvez pelo o que taí agora: Alto Partido. P q? Porque já existe um outro blog que chama Partido Alto. É o estilo de samba que mais me agrada. Ok. Não posso ter tudo, nem mesmo espiar de longe o que pode ser viver assim.

Alto Partido pode não significar nada de imediato. Mas a necessidade vai fazer seu trabalho de dar sentido à esse nome também. Não há nada de aleatório no mundo, nem uma corrente infinita de consequências retroalimentadas iniciadas por uma vontade guiada por julgamentos racionais. Não mesmo. Há necessidade, e ela faz com que tudo no fim tenha um sentido.

notas de um dia de cão. esse é o nome do livro. um livro a duas mãos.