Com o passar dos anos fica mais
difícil manter na mente a sequência em que os acontecimentos se deram. As
lembranças de minha vida – todos aqueles sons e imagens, quando as quero ou quando
me visitam – adensam-se em um mesmo instante com o aumento da distância. A linha do tempo vai
se entortando, girando em torno de muitos eixos, dando nós que não sei como
desfazer com minha memória. A linha vai se expandido para os lados. Tudo se
torna plano.
Os acontecimentos mais recentes
se colocam por si em uma fila que me segue – se olho para trás, estão ali
comportados, sorrindo para mim.
Os eixos são momentos de maior dramaticidade.
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