Qual a justificativa de perseguir algum projeto em especial? Um projeto deve ter, segundo alguns, relevância teórica e não sei bem o que é isso. Para alguns o critério é pragmático, o que é, servi para algo. Para outro deve ser uma justificativa existencial ou sirva, antes de tudo, para quem o faz. Eu, como cientista social, surgi e guiei-me primeiramente pelo segundo critério, motivo pelo qual ingressei nas ciências sociais. Era óbvio! Uma ciência deste tipo daria as respostas para os dilemas de nosso país e mundo. Estas respostas eram necessárias e transcendiam a satisfação e prestígio individuais, sendo antes um dever. O cientista social era um indivíduo que havia escolhido contribuir para um bem maior, a sociedade, da mesma forma que os engenheiros, médicos, operários, lixeiros fazem também a sua parte – se bem que, se todos nós cientistas sociais pararmos com nossos trabalhos não será nada comparado ao caos causado por um mês de greve dos lixeiros de qualquer cidade. A despeito disso ser verdade ou não, a despeito dos que acreditam que as ciências do social não podem dar respostas suficientes a prestarem contas a todo esforço já feito dentro das suas extensas fronteiras por uma massa de homens e mulheres, afirmo que minha crença se mantém e que além de me manter com os pés firmes no segundo critério, como está claro, não pretendo me desvencilhar do último critério, justo o que poucos de nós admitem. Sobre o primeiro critério, penso que a justificativa maior para que ele seja a justificativa que deve nortear qualquer trabalho acadêmico seja evitar que não andemos
22.12.08
A utilidade pode fundamentar o esquecimento dela mesma?
Eu sabia que tinha algo escrito a esse respeito em algum lugar.
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notas de um dia de cão. esse é o nome do livro. um livro a duas mãos.
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Um comentário:
Sobriedade????
Putz, Lulu.
O único cientista social sóbrio que conheci foi o Schumpeter.
Deu no que deu ;)
Feliz Natal, meu irmão!
Tudo de bom para você.
Abraços!
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